segunda-feira, fevereiro 27, 2012
segunda-feira, maio 17, 2010
180 graus
E 2 semanas para um novo ciclo começar.
Já faz um tempo que eu esperava esse momento, e ele chegou.
É hora de deixar as viagens de graça, as línguas, as escolas de inglês.
É hora de mergulhar no marketing, na criatividade, na comunicação e nas horas extras.
Seja bem-vindo, Bernardo.
terça-feira, abril 13, 2010
Há 10 anos
Há 10 anos, o Yahoo! era líder em e-mail e busca e o Fulano era um dos sites mais acessados do Brasil.
Há 10 anos, ninguém usava MSN Messenger e o ICQ comandava.
Há 10 anos, o game "The Sims" era lançado e prometia simular a vida.
Há 10 anos, a novela Laços de Família batia recordes de audiência.
Há 10 anos, o Brasil fracassava em mais uma olimpíada.
Há 10 anos, o Brasil fazia 500 anos e as comemorações se tornavam um desastre, com uma réplica do navio de Cabral afundando.
Há 10 anos, o Brasil lançava uma nota de 10 reais de plástico, comemorativa.
Há 10 anos, se iniciava mais uma disputa eleitoral americana, com um candidato que "pensava mais no mundo" contra um "mais nacionalista".
Há 10 anos, um jovem garoto de 13 anos que morava fora já podia ficar conectado e dava notícia de tudo o que se passava no seu país, pela internet ou lendo a Veja, com 2 semanas de atraso.
E há 10 anos, este jovem garoto não tinha idéia de como aquela experiência iria mudar sua vida.
Prazer.
segunda-feira, abril 12, 2010
Première Classe d'accueil, 25 avril, 2000.
Me lembro do primeiro dia de aula.
Dia 25 de abril de 2000.
Na verdade eu não queria ir ao primeiro dia de aula. Não por medo do desconhecido, mas pois amigos brasileiros que visitavam Paris iriam a Disneyland Paris e queria ir com eles neste dia.
Meu pai, sabiamente, vetou. É muito importante o primeiro dia de aula.
Era um cenário diferente. Uma escola francesa comum, no 17º arrondissment (bairro) de Paris. Mas era uma sala especial, para não-francófonos, ou seja, estrangeiros que, como eu, eram recém-chegados na capital francesa e não falavam francês. Resultado disso: a sala mais miscigenada que já vi na minha vida.
Gente do Marrocos, Argélia, Sri Lanka, Equador, Azerbaijão, Armênia, China, Brasil, Irã, Hungria e Polônia. Esse último país, especificamente, era representado por um único jovem, o Kamil.
Kamil era um sujeito engraçado. Logo no primeiro dia de aula, todos os pais estavam no Hall da escola com seus respectivos filhos. Mas Kamil não. Era o único loiro de olhos azuis do lugar e parecia uma pessoa deslocada.
Era tímido, conversava pouco e parecia ser o mais bem de vida dali. Logo na primeira semana, nos tornamos melhores amigos. A razão, acredito eu, seja que, dentro daquela sala com pessoas que vem de países tão antigos, com culturas tão diferentes, Brasil e Polônia eram muito parecidos. As referências eram quase sempre as mesmas, os gostos musicais batiam e a influência ocidental foi a mesma sobre ambos os países.
Ao longo do ano fui descobrindo a história de Kamil. Ele morava com a mãe e com o padrasto, também poloneses. A mãe era médica da organização Médicos sem Fronteiras, e já havia vivido na ilha de Malta e na Líbia, sempre levando o filho. Apesar de estar ali há 3 anos, não falava quase nada de francês. Era resistente à língua. Falava bem inglês e era assim que nos comunicávamos.
Ele tinha um certo problema de dicção que só fui perceber quando um outro estudante polonês, que já estava integrado aos franceses há um tempo, me disse. A língua polonesa, por ser derivada do eslavo, tem muito “R” na pronúncia, equivalente ao “R” na palavra “prato”. O som de “RR” do português praticamente inexiste no polonês. Acontece que Kamil tinha a língua presa e todos os R’s que falava, saia RR. Eu não notava, mas os outros Poloneses achavam engraçadíssimo.
Kamil era brincalhão e divertido, gostava de jogar vídeo-game e andar de patins. Chamava atenção das menininhas mas era tímido para abordar qualquer uma.
Junto com um outro brasileiro que também era da nossa sala, formávamos um trio, e estes eram meus únicos amigos aos 13 anos, quando vivi em Paris.
Como voltei ao Brasil repentinamente, perdi o contato com todos. Nem todo mundo tinha e-mail naquela época e tudo era muito informal, apesar de intenso.
Com a explosão das mídias sociais e o crescimento da internet, comecei a buscar os antigos amigos. Sempre imaginava o que teria acontecido com aquelas pessoas, onde elas estariam agora e como elas teriam visto minha partida. Através do Orkut, achei Ludovic, que apesar do nome francês, era o brasileiro (baiano) que estudava comigo. Estava maior, namorando uma russa e havia saído de casa. Fez internato na Normandia e agora estudava Direito. Perguntei por Kamil e ele disse que continuaram amigos após minha volta mas depois Kamil também partiu repentinamente para a Polônia, segundo sua mãe que havia ficado em Paris. A última esperança que eu tinha em achar todos havia ido por água abaixo.
A busca que se iniciou em 2005, procurando pelo Ludovic no Orkut, continuou após alguns anos. Ano passado estive em Paris de férias com meu pai e resolvi ir até o prédio onde Kamil morava. Me lembrava perfeitamente de onde ficava, rua, número, estação de ônibus e etc. Como em Paris não há interfone com número dos apartamentos e sim com o nome dos moradores, ficaria fácil achar o nome de uma polonesa ali.
Acontece que aquela região era uma comunidade de imigrantes poloneses e todos os nomes no interfone eram do tipo “Benedykta Trwalzcyks”. A sorte foi que uma mulher entrava na hora do prédio e ofereceu ajuda. Ela também era polonesa e se lembra de Kamil e sua mãe. Confirmou que Kamil havia ido para a Polônia mas sua mãe não morava mais lá. Ela não tinha telefone nem email deles, mas me forneceu uma valiosa informação: o sobrenome de Kamil. Kamil Dryl. Pensei “Ótimo! É só jogar no Google ou no facebook e pronto.” Mais um engano meu. Os resultados só mostravam um garoto de 10 anos de idade.
Já tinha desistido quando pensei “não é possível. Tem que haver uma maneira de encontrar essa pessoa.” O Facebook também não encontrava algum Kamil Dryl, só outras pessoas Dryl. Pensei: “Deve haver algum site na Polônia correspondente ao orkut, onde todas as pessoas se cadastram.” Procurei no Google o equivalente e achei: o Nasza-Klasa. Me registrei (com muita dificuldade em entender e depois de horas no Google translator) e joguei: “Kamil Dryl”. Voilà. O cara tava ali. Continua com aquela cara de bocó mas agora tem uma pinta meio pitboy. Mandei uma mensagem.
Como isso tudo foi ontem à noite, não obtive resposta, ainda.
O que eu mais temia quando voltei ao Brasil era perder o contato com as pessoas ao ponto de não saber mais o nome delas, onde moravam, etc. Existem pessoas ainda que gostaria de saber por onde andam, como a jovem Alice, francesa filha de chineses e que gostava muito de mim, como amigo mesmo. Me lembro que ela quis me dar um perfume de presente quando eu voltei mas não pude encontrá-la no último dia de aula. Nos falamos por telefone somente e ela nunca pôde me entregar.
Mas sinto que esse vazio se preenche aos pouquinhos e espero um dia saber onde todos aqueles perdidos, se encontraram.
terça-feira, março 23, 2010
Barueri, custe o que custar
É com muito orgulho que assisti à materia do Programa CQC sobre o desvio da TV de LCD na prefeitura de Barueri.
Te confesso que ouvir suas palavras (e dos outros funcionários da Prefeitura) me encheu de esperança. Vocês nos deram uma ótima descoberta!
Desde que nasci vejo na TV notícias sobre corrupção na política e me impressionava com a audácia dos bandidos. Mas vocês nos mostraram que o político está desaprendendo a mentir! Vocês são péssimos bandidos. Isso é ótimo.
Como disse um deputado em uma matéria do CQC de hoje, dia 22 de março, "há corruptos profissionais e amadores". Vocês são amadores. Não sabem roubar, não sabem mentir. Agradeçam a Deus, vocês, no fundo, são honestos. Não nasceram para corromper.
Obrigado por serem tão inexperientes e nos ajudar a escolher em quem NÃO votar.
Não ache que nós, brasileiros honestos, nos sentimos "babacas" vendo a matéria e ouvindo seu lindo discurso. Me sinto cada vez mais forte e com mais esperança de que verei todos vocês atrás das grades.
Obrigado.
terça-feira, novembro 24, 2009
Minha experiência.
Acho que as empresas perdem oportunidades de terem pessoas talentosas com elas quando não se dá uma chance a elas.
Como terei experiência nessa ou naquela área se ninguém me aceita? É um ciclo vicioso que ao meu ver atrapalha ambos os lados. Conheço inúmeras pessoas criativas, engajadas, organizadas, talentosíssimas que não conseguem entrar na empresa desejada pois não tiveram experiência naquele cargo, naquela área ou mesmo um portfólio. Eu sou um deles.
Falta um pouco de ousadia aos empresários e diretores.
Há um mundo de gente boa só esperando pra ser chamado para um cargo enquanto contratam gente (experiente) que não rende. Experiência não é sinônimo de talento. Talento e sensibilidade não vão no currículo.
Digo que experiência não está ligada a quantas vezes ou por quanto tempo aquela pessoa passou por uma situação. Experiência é o que a pessoa tira de qualquer coisa ou situação, mesmo que só tenha passado por ela uma só vez.
Chame pare uma entrevista, ao menos. A realidade sobre aquela pessoa vai muito além do seu currículo.
Se aquele candidato te convencer de que ele é o melhor, ótimo, contrate-o. Ele irá persuadir quem for e fará de tudo para sua empresa crescer. Arrisque mais. Acredite mais.
O outro candidato é maduro?
Eu pegava metrô sozinho, em Paris, aos 12 anos, todo os dias, para ir à escola.
O outro faz trabalho voluntário?
Passei 15 dias no interior do maranhão ajudando comunidades pelo Projeto Rondon.
O outro tem certificado de inglês?
Eu falo inglês, espanhol e francês, com fluência.
O outro é antenado e sabe sobre vários assuntos?
Eu desafio qualquer um em conhecimentos gerais e atualidades.
O outro estudou o marketing da Disney?
Eu fui funcionário da companhia e fiz uma monografia sobre o assunto.
O outro candidato tem experiência de 4 anos no cargo?
Eu tenho experiência de vida.
Garanto!
quarta-feira, agosto 12, 2009
Onde ficar
Quando procuramos opções para se hospedar nestas duas cidades, nos deparamos com um MUNDO, mesmo se filtramos por preços. Fuxicando lá, garimpando acolá eu e meu pai decidimos testar esse hotel que irá nos abrigar nos 3 primeiros dias de viagem:
Hotel de 3 Collèges
http://www.3colleges.com/
Fica em frente à Sorbonne e pertinho do Jardim de Luxemburgo. O prédio é histórico e é possível aprender muito sobre a história da região pelo site do hotel. Os últimos quartos são muito legais.
Ao contrário de Paris, em Londres não tínhamos NENHUMA referência. Foi jogar no google e começar a saga do garimpo. Descobrimos um bem barato e bem simples, porém fica em um ótimo ponto:
Airways Hotel
http://www.airways-hotel.com/
Ele está mais para um Bed & Breakfast (muito comum na capital inglesa) e está perto de estações de metrô e trem. Algumas quadras do Palácio da Rainha. Veremos.
E para os 3 últimos dias de Paris ficaremos no Ibis, onde não há erro. Ibis é Ibis em qualquer lugar do mundo. Escolhemos um especial, que fica bem próximo do lugar que morávamos. É a vontade nostálgica de percorrer as mesmas ruas outra vez.
http://www.ibis.com.br (Ibis Bastille Opera)
Estou ansioso, estou empolgado, estou apressado. A ficha ainda não caiu.
Mas já, já ela cai.